Diagnóstico etnográfico

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Diagnóstico etnográfico 3

Projeto pedagógico, objetivos e missão da escola para a coordenação, em uma entrevista com Leonardo, coordenador.

Ele nos explicou que vêm se dedicando ao projeto e o que já concluiu:
 Leonardo nos explicando.

Projeto Político Pedagógico do Onélia.



Projeto pedagógico da escola já está ultrapassado;

Está passando por renovação, porém seja complexo, partes funcionais e o quesito gestão.

Falta de conhecimento e participação dos professores na parte didática e pedagógica são vistos como problemas para ele.

Professores e suas formas de avaliarem, não possuem teorias que fundamentam a prática.
É necessário dar uma cara política e pedagógica ao documento.

Segundo ele, são 3 teorias que vão fundamentar o novo projeto, são elas:

Marx  (Teoria dos contrários);

Libaneo/Saviani na busca dos populares (Transformação  social);

Pigossi (Socio cultural dos conteúdos).
Com o objetivo de um trabalho que vise o aluno em primeiro lugar, desde avaliação, metodologias e didática.

Para ele os motivos para evasaão escolar é condicionado pela situacão social de cada aluno, como problemas familiares, necessidades de trabalho precoce.

Algumas atividades extraclasse citadas por ele:

Projeto de leitura;

Feira de conhecimentos;

Jogos internos;

Gincana;

Dia da família(plantão pedagógico) no qual os pais comparecem para esclarecer a situação do filho e conhecem a escola.


Nos casos de Bullying e desentendimento com os professores, os pais são chamados para entrar em um acordo sobre o aluno e melhorar a situação.

Diagnóstico etnográfico 2


Dificuldades em sala de aula:

Os alunos sentem dificuldades na aprendizagem durante as aulas;

VH: "por que eu estudo português?"

Em casa, a maioria, não tem costume de ler, não possuem livros e ficam no celular;
Um aluno relatou não ir à biblioteca pelo fato de existir rivalidades dentro da escola, de acordo com o local onde mora mesmo sem ser envolvido em facções corre risco(ameaçado).

A: "não gosto de descer no intervalo pra evitar confusão".

Alguns conseguem compreender o que é passado pela professora.

F: "entendi super o que ela explicou".

Para eles o que pode melhor em Língua Portuguesa?

Ter uma relação de amizade com a professora(diálogo), não somente com quem senta perto.

Y: "não presto muito atenção na aula".

Gostariam de ter aulas diferentes, mudando o método usado sempre com correção oral, para eles muitos professores não explicam o conteúdo somente reproduzem.

Para eles nossa relação em sala de aula (bolsistas) é uma coisa boa.


Diagnóstico etnográfico 1

A Escola Onélia Campelo situada no Bairro do Santos Dumont possui ao 1513 alunos, aproximadamente, entre ensino fundamental, médio e EJA(ensino de jovens e adultos) nos turnos de manhã, tarde e noite. Funciona com cerca de 56 professores, 1 diretora, 2 coordenadores, incluindo também os colaboradores como vigias e merendeiras.

Como dito na postagem Início da Pesquisa, entrevistamos nossos alunos da turma do 8° ano B, afim de entender o funcionamento da escola pela visão deles. Pois bem, vocês irão ver à seguir tópicos sobre os temas determinados para nosso diagnóstico etnográfico.

Infraestrutura:

A escola possui laboratório de robótica, de informática e ciências, mas nem todos os alunos tem acesso (eles se queixam disso).
 laboratório de informática 

laboratório de informática laboratório de ciências

laboratório de ciênciaslaboratório de ciênciaslaboratório de ciências

A quadra de esportes é utilizada durante as aulas de educação física. Eles relataram riscos de quedas nos dias de chuvas, por causa das pingueiras no teto;
Outro problema gritante na escola é a instalação elétrica, pois não possui aterramento e as tomadas se tornam um perigo. O único local de lazer para os alunos é a quadra de esporte quando liberada.


Nas salas de aulas os ventiladores não funcionam(fios descascados), as portas e bancas estão quebradas e faltam, o quadro quebrado e pichado, nas janelas não existem grades, eles confessaram não se sentirem seguros. Os alunos deram a ideia de fazerem um mutirão para arrumar a sala.
Nos banheiros as portas são quebradas, não tem descargas nos vasos, falta de limpeza é um problema. Alguns alunos não utilizam o banheiro por ser muito sujo e não ter água.
Bebedouro dos alunos as torneiras funcionam com dificuldade além da água não ser tratada e tão pouco gelada. Alguns relataram já terem bebido água com ovos de sapos.
A Biblioteca funciona das 7h da manhã à 21h da noite, com 3 funcionários. Alguns alunos pegam livros para fazerem trabalhos. A bibliotecária que nos atendeu, explicou que o número de alunos que pegam bastante livros são entre os 6° e 7° anos, a partir dessa faixa etária o número decai. Os gêneros que a biblioteca possui varia entre livros infantojuvenis, bíblicos infantis, poesias e poemas. Muitos desses livros são doados por alunos, quando algum é perdido podem devolver outro. Durante os intervalos o movimento cresce no ambiente.
Livros mais procurados pelos alunos




As atividades extracurriculares não acontecem com frequência, segundo os alunos, nunca foram ao museu, feiras ou algo do tipo. Com exceção dos alunos do projeto de robótica que visitaram a SBPC/ UFAL este ano. 2 eventos pedagógicos anuais são Projeto Literário e os Jogos Internos.
Alguns cartazes feitos no Projeto Literário






A relação da escola com a comunidade acontece como local de votação; aos sábados e cedida à Igreja São Francisco de Assis. Não tem contato com políticos. Um evento que acontece no fim do ano é a festa de encerramento com os pais, relataram que antes acontecia a festa de Halloween. A escola tem contato com a associação de moradores do bairro e possivelmente os jogos internos serão lá.

A violência nos arredores da escola e dentro dela é gritante. No histórico inclui risco de assaltos, pois já aconteceram furtos até mesmo nas dependências; uma escada foi interditada, pois os alunos usaram drogas, pichavam e faltavam aula naquele local, e as câmaras não funcionam. Nos foi relatado que ano passado alguns alunos levaram armas e drogas para a escola. As brigas entre as turmas acontecem. Bullying para eles se tornou algo rotineiro, por questões de raça, cor e peso. Já houve assassinato  de um aluno próximo à escola.
 área externa da escola

 vista do 1° andar





As relações interpessoais entre coordenação e alguns professores para  com os alunos, segundo eles, é ríspida, grosseira e ignorante; não se sentem a vontade para conversar devido à isso. Para eles falta um diálogo entre as partes, diálogo esse que só é feito pelo grêmio. Relataram que professores já xingaram alguns alunos de outras turmas, lembrando que são exceções. O 3° ano criou um projeto para organizar a fila da merenda por ficha, devido às brigas que aconteciam antes.
Fila do lanche 

Dia 11/10

Nesta quinta-feira em especial, separamos a manhã para terminarmos nossa pesquisa. Conversamos com o coordenador Leonardo e visitamos algumas salas da escola. 
Vocês poderão conferir tudo o que aconteceu visitando os marcadores do diagnóstico etnográfico, aqui no blog mesmo!

Encontro com nossos coordenadores.

Em mais uma reunião com nossos coordenadores, dia 10/10, aproveitamos para relatarmos nossas experiências na Escola, expondo do pontos positivos e negativos também.

Foram feitos comentários sobre o conselho de classe, que ocorreu no último dia 4/10.


Em seguida prof. Luiz nos explicou que a partir da coleta de dados etnográficos, montaremos um projeto(plano de trabalho) que desempenharemos segundo as necessidades dos alunos e da escola. 

Aula!

No dia 9 de outubro, acompanhamos mais uma aula na turma do 8° ano B.

Profª. Socorro trabalhou com os alunos Aposto, passou assunto no quadro, explicou os exemplos oralmente, em seguida aplicou atividade coletiva sobre o tema.
O interessante de observar, como ponto positivo, é que o alunos se dedicam em fazer as atividades com o uso do livro. 

sábado, 6 de outubro de 2018

Conselho de Classe.

Dia 4 de outubro, fomos à Onélia desta vez para acompanharmos o conselho de classe dos professores.

O conselho acontece no fim de cada bimestre, com o objetivo da coordenação junto com os professores de levantarem as notas dos alunos e suas situações no âmbito pedagógico.

A turma que acompanhei foi o 6° D.
Pude perceber que a turma é bem conturbada por seus números de desistentes, faltosos e já reprovados. Os professores relataram problemas de alguns alunos na família e alguns psicológicos.

Aqueles alunos que estão nessas situações são chamados pela coordenação para uma conversa e uma possível solução.

+ uma aula!

Dia 2 de outubro, em mais um dia de acompanharmos professora na escola, assistimos a aula no 8° ano B.
Professora Socorro começou a aula fazendo a chamada, em seguida passou assunto Adjunto Adnominal no quadro; logo explicou aos alunos a função de cada Adjunto. Em seguida, no quadro, escreveu atividades relacionadas ao tema, oralmente respondeu algumas questões com os alunos. Na volta do intervalo, uma aluna à pedido do Coordenador fez algumas perguntas à turma numa espécie de senso, sobre a situação dos alunos com a escola. 

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Início da pesquisa!

Devido à necessidade da professora Socorro, por motivos de saúde, não ter acompanhado a turma neste dia, não tiveram aula. Então, aproveitamos para iniciarmos nossa pesquisa com os alunos dos 8° anos. Foi bastante proveitoso, eles foram bem sinceros e isso ajuda muito! Depois das aulas, conversamos com a bibliotecária Rita de Cásia e ficamos cientes do funcionamento do setor.

Ps: em breve postarei meu diagnóstico sobre os dados coletados!

Reunião 26/9

Dia 26/9, na FALE, tivemos mais uma reunião com nossos coordenadores. Nossas pautas foram voltadas à nossa visão de Língua através dos letramentos, pedagogia da comunidade como currículo e pesquisa etnográfica.
Vimos a comunidade como currículo num modelo rizomático que, respondendo as mudanças sociais, vai em tempo real modelando, construindo e reconstruindo a si mesmo ao tema e o seu aprendizado. Um modelo de educação suficiente flexível.
Professor Luiz nos apresentou a pesquisa etnográfica de maneira mais aprofundada. Com bases teóricas em Lakatos e Marconi, explanou que o processo é mais importante que o produto final numa pesquisa. Explicou as características da pesquisa, de cunho qualitativo, descritiva, envolvendo transcrições de fala, abordando pessoas, acontecimentos e situações. 
Uma dica que ele nos deu foi sempre procurarmos ter o olhar de pesquisadores no mesmo ângulo do aluno. Como devemos nos comportar, visando um maior aproveitamento das situações para a coleta de dados. E deixou claro que, enquanto pesquisadores, não é julgar e sim observar. A partir desses fundamentos, nos foi proposto nosso primeiro passo dentro do projeto, o diagnóstico etnográfico. Com o objetivo de conhecermos a escola e entendermos de que maneira podemos contribuir positivamente. Mãos à obra!

Aula de leitura e interpretação.

No dia 25/9, em mais um dia na Onélia, acompanhamos a turma do 8° ano B durante a aula de leitura e interpretação de texto.
Com o uso do livro didático de Língua Portuguesa, leram silenciosamente um texto sobre consumo, tecnologia e o uso do aparelho celular. Após a leitura, discutiram sobre o tema junto à professora. Em seguida, interpretaram algumas questões sobre o texto. 
Pude perceber que, a maioria da turma concentra-se e dedica-se às atividades com o material de leitura. Muito interessante!